A LÍNGUA
A divisão social estanque apresenta-se cada vez mais acentuada, na era da reurbanização, os parques públicos estão sendo abandonados e, os condomínios projetam suas áreas de lazer, de certa forma, tirando do poder público a obrigação da revitalização dos parques públicos.
A divisão social estanque apresenta-se cada vez mais acentuada, na era da reurbanização, os parques públicos estão sendo abandonados e, os condomínios projetam suas áreas de lazer, de certa forma, tirando do poder público a obrigação da revitalização dos parques públicos.
A arte tem se ocupado das questões de cunho social quando reivindica estar entre as pessoas, atuando como propositora de experiências individuais e coletivas para os espectadores. Através da arte pública surge a oportunidade de materializar essas aspirações, nos usos coletivos de projetos artísticos. Esta escultura que denomino “A Língua”, foi uma oportunidade de colocar no espaço público um objeto lúdico, uma provocação, mas antes de tudo, um “lugar” para promover a multiplicidade das práticas sociais dos diferentes grupos que habitam a cidade.
O lugar é uma praça pública em um bairro de ocupação mista: universidade, empresas e residências. O objeto com dez metros é uma língua gigante, um objeto sensual, sensorial, e até certo ponto irônico. Oferta-se ao público, inicialmente pela estética, ilustrando a paisagem, no entanto o que está em jogo é interatividade, um escorregador gigante para crianças e adultos, toda a estrutura pode ser utilizada, nele é possível fazer outros usos, as pessoas, que por ali caminham, podem se alongar ou subir sobre ele para do alto observar a paisagem.
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