domingo, 28 de novembro de 2010
GRAFFITI
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
a_curto_prazo (Museu Victor Meirelles)
18 de novembro, às 20h
Exibição ao ar livre no Largo Victor Meirelles
O Museu Victor Meirelles em parceria com o Centro de Artes da Universidade do Estado de Santa Catarina (CEART-UDESC) abre uma nova janela de exibição com a proposta de mostrar trabalhos de artistas em formação. Além disso, a curadoria também será realizada pelos estudantes. A questão inicial colocada, segundo os curadores Ricardo Mari Neto e Noara Quintana, foram os critérios de seleção dos filmes de seus próprios colegas: “A escolha dos vídeos não foi gratuita e criamos blocos temáticos. O que caracteriza cada um deles e de que maneira podemos estabelecer associações?”.
Texto da curadoria
“Evitamos estabelecer previamente qualquer tipo de critério para a seleção dos vídeos. Tal postura visou a recepção de uma maior variedade de propostas, eximindo os artistas de maiores preocupações quanto ao conteúdo de suas produções. Contudo, a tentativa de nos mantermos imparciais quanto a sequência em que os trabalhos seriam exibidos fracassou por uma única razão: certos vídeos, quando ao lado de certos vídeos – é isso mesmo! -, perdia seu poder de (in)comunicação. Visto isso, decidimos que o melhor a ser feito seria encontrar elementos comuns presentes em alguns vídeos e agrupá-los em blocos temáticos. Voltamos a eficaz e velha fórmula: tema. Nada mal.
O primeiro bloco, nomeamos de Corpo/Performance. As produções presentes neste grupo destacam-se - como o próprio nome já diz - pela utilização do corpo como principal recurso para se atingir a expressividade desejada pelo artista. Na maioria destes vídeos é o corpo do próprio artista que vivência a experiência.
Para o segundo bloco, demos o nome de Coletivo LAAVA. O Coletivo LAAVA é formado por artistas plásticos e visuais da UDESC. Criado a partir do projeto de Extensão VIDEAR LAAVA - Laboratório Aberto de Animação e Vídeo-Arte -, no início de 2009, tem como campo de atuação a arte relacional complexa, promovendo convívio, experimentações, processos colaborativos e descontinuidades no cotidiano.
O terceiro bloco, chamamos Tempo. Aqui se encontram aqueles trabalhos onde o artista possibilita ao espectador experimentar sombras crescentes em queda d’água, o vento que promove a dispersão da areia para a aparição morosa do objeto estranho.
O quarto bloco apelidamos de Colagem. Deste agrupamento fazem parte três vídeos que utilizaram de um mesmo recurso, ou seja, da apropriação de partes de vídeos outros a fim de ressignificá-los. Trata-se de trabalhos elaborados pelo processo da colagem – técnica desenvolvida pelas vanguardas do século XX.
O quinto e último bloco chama-se Paisagem. Os dois vídeos que fazem parte deste bloco abordam de maneiras distintas a paisagem urbana. Seja através da abstração de tal sítio, ou mesmo de uma representação mais fidedigna do mesmo - através de seu barulho e movimento caótico -, tais trabalhos nos levam a refletir sobre as possibilidades do olhar.”.
(Ricardo Mari Neto e Noara Quintana)
Relação de vídeos por bloco:
Curta-metragem
Da Janela (Giovana Zimermann/15´/2008) http://www.youtube.com/user/gizimermann
Vídeo-Arte
Corpo / Performance
Uncancer (Bil Lühmann/4’45’’/2010)
Sem título (Iam Campigotto/2’08’’/2010)
Sinestesia! (Anna Carolina Porto, Mariana Cabral, Erick Hiromy, Maria Luiza Cabral, Aline Rodrigues, Fernanda Becker/4’/2009)
Ao menos um ovo (Rosana Rocha/8’/2010)
Fall For [bas jan ader] (Ana Clara Joly/35’’/2009)
Imersão do Real (Mauri Cherobin/8’/2009)
Viu Bil (Bil Lühmann/8’35’’/2009)
O Corpo-mente (Bruno Ropelato/4’33’’/2009)
Penelopéia (Sarah Pusch/20’/2010)
Afecto (Flávia Klein/1’50’’/2010)
Gama Goblins Radio Waves (Giorgio Filomeno/2’05’’/2008)
Coletivo LAAVA
Geladeira Laranja (Coletivo LAAVA/1’21’’/2009)
...do som ao fogo... (Coletivo LAAVA/1’15’’/2010)
Forno do LAAVA no Morro do Ingá (Coletivo LAAVA/3’30’’/2010)
Semeando o Presente (Coletivo LAAVA/3’46’’/2010)
Ai que vida! (Coletivo LAAVA/4’45’’/2010)
Para um alface um ano em um minuto (Coletivo LAAVA/1’/2010)
Tempo
Água (Letícia Pinto Jorge, Lucas Kinceler/33’’/2010)
Xícara (Letícia Pinto Jorge, Lucas Kinceler/50’’/2010)
Areia (Letícia Pinto Jorge, Lucas Kinceler/1’36’’/2010)
Colagem
Indetermináveis (Francis Pedemonte, Maximilian Tommasi/5’/2008)
Palhaços (Leonardo Lima/3’/2009)
Notações, Superdosagem, Enfrentamento (Silvio Bruno/2’35’’/2010)
Paisagem
Desenho nas Cidades (Rodrigo Born/3’/2010)
Predatórios (Silvio Bruno/4’/2010)
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O quê: a_curto_prazo [mostra de vídeos de alunos do CEART-UDESC]
Quando: 18 de novembro de 2010, às 20h
Onde: Largo Victor Meirelles (ao ar livre). Em caso de chuva a exibição será realizada na sala multiuso do Museu Victor Meirelles
Quanto: Gratuito
Mais informações: Museu Victor Meirelles
Rua Victor Meirelles, 59 - Centro - Florianópolis (48) 3222 0692
museu.victor.meirelles@iphan.gov.br
www.museuvictormeirelles.org.br
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Arte Urbana - Matéria no youtube
Simone Bobsin
domingo, 10 de janeiro de 2010
“In Situ” Udesc – Universidad Pais Basco
Sou Contra/Sou A Favor, foi outra proposta que interagiu com o centro da cidade, pela sua característica móvel, mas que nos interessa especialmente, a intervenção que fez com o Monumento Fernando Machado. Trata-se de um dispositivo móvel idealizado pelos artistas: Cássio Ferraz, Gabrielle Althausen e Janaí de Abreu, que foi instalado em diversos pontos da cidade e funcionou como um espaço de manifestação pública. As pessoas poderiam escrever sobre os assuntos diversos, com posições favoráveis ou contrárias, ou seja, ser contra ou a favor e escrever seus motivos e se posicionar dentro do dispositivo para ser fotografado com sua frase.
A obra interagiu com o monumento Fernando Machado, inclusive com a sutil possibilidade de re-significar o simulacro, dando a oportunidade das pessoas se posicionarem quanto ao monumento, e, portanto flexibilizando o poder do jogo. Essa proposta nos remete as atuações de Wodiczko quando projetava vídeos de pessoas comuns, para que eles também participassem do “jogo”[2].
Sobre a palavra, no processo criativo:
OSTRA + ZISMO
OSTRAZISMO
EXÍLIO = ... lugar afastado, solitário ou desagradável de habitar.
OSTRACISTA = partidário do ostracismo.
OSTRA + SISMO
OSTRASISMO
SISMO = movimento do interior da Terra, o qual conforme a localização de sua origem, pode produzir ondas mais ou menos intensas e capazes de se propagarem pelo globo. Tremor de terra.
Foi uma maneira potente de intervir sobre um memorial extremamente polêmico, conforme foi apresentado no capítulo 3.2. O Memorial foi criticado por sua distância do principal atributo que era estar dentro da água. A propósta “Ostracismo” reconsiderando a noção de persistências simbólicas, teve o intuito de trazer novamente a memória de parte da população, a condição natural dos pilares do trapiche, dentro da água, através das ostras. A estética relacional da obra se dá no sentido colaborativo do trabalho entre os três artistas, no sentido participativo das pessoas que interagem com o trabalho, conferindo-lhes uma ideia de participar ativamente de um processo que anteriormente lhes foi negado. As ostras foram coladas com fita adesiva, de forma que pudessem ser retiradas e levadas como recordação pelas pessoas que por ali passavam.
[1] Texto retirado das conferências ministradas em parceria pelos professores citados: Ana Arnaiz e Javier Moreno. Especificidades e Alterações nos modos de fazer e pensar o Escultórico: o ensino da Escultura hoje 2005 – 2007. CEART – UDESC - Florianópolis - Brasil.